quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Laster arte!

Nuns dias, em menos de umha semana, hei iniciar umha nova etapa da minha vida que me levará à irmá Euskal Herria. Se mo digessem há um ano, pareceria-me algo completamente inverossímil e improvável. Mas em tempos obscuros e contraditórios, onde a vida se parece a cada vez mais a um combate pola supervivência, qualquer oportunidade laboral que se apresentar é boa. E esta que me surgiu em terras bascas nom é das piores. 
Para ir-me afazendo à ideia, para ir ajeitando o ouvido aos sutaques novos que me esperam na outra estrema do nosso comum e amado Cantábrico, quiçá nom seja má ideia partilhar com vós esta fermosíssima cançom do Mikel Laboa. Nom gosto especialmente da música de cantautores, mas este "Txori" cativou-me desde que o escuitei na banda sonora de Euskal Pilota / La Pelota Vasca, do Julio Medem, um dos filmes que mais me impatou e que mais vezes visionei. 
Aqui tendes pois este "Txori", legendado na nossa língua comum galego-portuguesa e conservando neste nosso romanço velho toda a singela potência da sua letra.
Ah, por certo, suponho que nom fai falta dizer que estades tod@s convidad@s a Bilbo!



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A estirpe imaxinaria

Hai uns días lin este poema que Antonio Rivero Taravillo lle dedicou ao noso amigo Chesús Yuste no seu estupendo blogue literario Fuego con Nieve. Como é un deses poemas que gostaría de ter escrito eu, non me resisto a compartilo desde estas leiras arxilescas, porque quizais sexa este un xeito como outro calquer de facelo un pouco meu.
  
GENEALOGÍAS
Para Chesús Yuste

Este profesor de Nueva Jersey
o este policía de Baltimore
buscan aquí su árbol genealógico.

Ya hay algo de un viaje al pasado
en recorrer los microfilmes
en busca de parroquias con verdina
y listas de pasajes
amotinados contra la pobreza.

Aquí yo, observándolos mientras,
que conozco mi estirpe, mi genealogía
que se remonta a Niall de los Cuatro Rehenes
y a Rafterí el poeta, y a Moore y a Pearse.

También procedo
de una avellaneda y de salmones
que siempre desovan en mi imaginación.
De un prado en que compiten las reses
y de barricas de licor clandestino.

Estoy seguro de mi linaje,
reconozco la canción,
y aunque no encuentre Dublín en Dublín,
la lluvia conoce mi nombre.

Quizais algún día tamén eu procure esa estirpe imaxinaria de carqueixa e turba. Quizais sexa nun épico ascenso a Cruach Phádraig, ou se cadra a bordo dun comboio no que, como lle pasara a Yeats, o son dun violín (e por que non ha ser este violín heroico e nostálxico de Caoimhín Ó Raghallaigh?) derrame sobre nosoutros a certeza dunha Idade de Ouro, que xa foi, ou que aínda está para ser...


 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Cousas que nom som o que parecem (3): algo cheira no concelho de Cúrtis

Há umhas semanas, de regresso à casa desde Santiago, reparei neste cartaz à beira da estrada.

É mui provável que os pobres nativos do lugar da Cheira (que tal é a sua denominaçom real e oficial, por mais que na sinaléctica se óbvie a presença do artigo determinado) tivessem e tenham de suportar inúmeras brincadeiras por mor do peculiar nome da sua pátria pequena. E nom som os únicos. De lhe fazermos caso ao Nomenclátor de Galiza, existem outros dous pontos do nosso território que partilham tam eufónica denominaçom: um no concelho de Óia e outro no de Ponte Areas, ambos no sul da província de Ponte Vedra. Como este blogue tem (certa) vocaçom de serviço público, gostava mesmo de lhes dar a todos esses cheirenses de naçom (espero que me desculpeis a temeridade deste neo-gentílico) umha pequena arma com que se poderem defender de tais agrávios: a etimologia.